Nome: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Ano: 1943
Editora: Agir
Nota no Skoob: 4,5
Páginas: 96 páginas
Sinopse:
Livro de criança? Com certeza.
Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi.
Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tantos milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes?
Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas?
O pequeno príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. (Amélia Lacombe)
Sobre o livro:
A obra francesa viajou o mundo assim como seu autor, tocando diferentes pessoas de diversas culturas. A narrativa, que é uma descrição das viagens de Exupéry de modo refletivo, cria sentidos, implica na descrição de experiências e produz resultados que vão além do que está descrito em suas páginas: assim como dito no mesmo, o essencial é invisível aos olhos, e o teor da magnificência deste livro se encontra nas entrelinhas.
A obra francesa viajou o mundo assim como seu autor, tocando diferentes pessoas de diversas culturas. A narrativa, que é uma descrição das viagens de Exupéry de modo refletivo, cria sentidos, implica na descrição de experiências e produz resultados que vão além do que está descrito em suas páginas: assim como dito no mesmo, o essencial é invisível aos olhos, e o teor da magnificência deste livro se encontra nas entrelinhas.
Logo de início, o autor, que se demonstra narrador e personagem, desenha uma jiboia que engoliu um elefante, mas ao confrontar os adultos sobre sua arte, todos dizem ver um chapéu. Inconformado com o fato de que os mais velhos não conseguiam compreender além do que fosse explícito e explicado, guardou os desenhos para si, e entrou em certa conformidade com o que lhe era solicitado: estudou o que os adultos prezavam, e tornou-se aviador.
Sobrevoando o deserto, seu pequeno avião entra em pane, e ele acaba conhecendo o Pequeno Príncipe, que lhe pede um desenho de um carneiro. Diante da imagem da jiboia que engoliu um elefante, ele volta a repetir que quer um carneiro. Nosso personagem principal logo vê que está diante de alguém que percebe além do óbvio, e curioso, passa a aprender mais sobre o morador do asteroide B 612.
Conhecemos personagens variados, como o rei, que pensava que todos eram seus súditos e não tinha nenhum amigo perto. O contador, que era muito sério e não tinha tempo para sonhos. O geógrafo, que se achava intelectual, mas a geografia do próprio país não sabia. O bêbado, que não bebia, mas queria beber para esquecer a vergonha de beber. Logo depois encontramos a raposa, que ensina o sentido de amizade, a rosa que por si era bonita e muito vaidosa, que se demonstra única, mesmo igual a milhares de outras. E também uma serpente.
O que mais admirava o pequeno príncipe em seu planeta era a possibilidade de constantemente estar vendo o pôr-do-sol e cuidar de sua rosa. Diante de coisas tão simples, o principezinho construía sua existência por estar aberto e se deixar afetar. A relação que o pequeno príncipe tinha com sua rosa era ímpar, em regá-la, protegê-la, o que faz alusão a forma como o cuidado e o amor que nós sentimos, e ensina sobre a sensibilidade, a compreensão, o vínculo criado pela afeição.
O encontro com a raposa faz-se muito importante também, falando sobre a importância de nossas responsabilidades perante tudo o que cativamos. E essa é a mensagem que fica em relação à amizade, por exemplo, o cativar está relacionado com o cuidado, com a necessidade de não esquecermos aquilo que nos importa.
O Pequeno Príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões. O orgulho da rosa, que também vivia no planeta do Pequeno Príncipe, arruinou a tranquilidade e o levou a uma viagem que o trouxe finalmente a Terra, onde encontrou a raposa que o levou a começar a descobrir o que é realmente importante na vida – o amor, a amizade e o companheirismo. Assim, cada personagem mostra o quanto às “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão o devido valor às coisas. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo da amizade: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam ao erro. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias e esquecemos a criança que fomos. Pelas mãos desse menino o leitor recupera a meninice, abrindo uma brecha no tempo. Voltamos a sentir o perfume de uma estrela e a ouvir a voz de uma flor... Com ele reconquistamos a tranquilidade e a liberdade, entregando-nos a beleza, deixando-a se apossar a pouco da sabedoria e do discernimento do que seja essencial. O Pequeno Príncipe é enigmático, profundo, único e essencial.
Crítica do filme:
A grande proposta da animação O Pequeno Príncipe segue uma das máximas do livro: “O essencial é invisível aos olhos”. Mark Osborne, diretor também de Kung Fu Panda, captou na adaptação a essência da obra e a aliou a realidade de uma menina que se vê diante da confronto entre a vida adulta e a infância.
A grande proposta da animação O Pequeno Príncipe segue uma das máximas do livro: “O essencial é invisível aos olhos”. Mark Osborne, diretor também de Kung Fu Panda, captou na adaptação a essência da obra e a aliou a realidade de uma menina que se vê diante da confronto entre a vida adulta e a infância.
É importante ressaltar que a história do menino que vivia solitário em um asteroide e, viajando pelo espaço, encontrou um aviador perdido no deserto está no longa-metragem. As ilustrações de Exupéry ganham vida em cerca de um terço da duração, e a maior parte da trama principal gira em torno da menina, que leva uma vida bastante regrada devido à obsessão da mãe em controlar absolutamente tudo à sua volta. Para situar ainda mais este universo rígido, a animação computadorizada ressalta sempre o quanto tudo é retangular e cinza, sem imaginação alguma. O contraponto é justamente a casa do vizinho, repleta de cor e irregularidades, uma metáfora à própria personalidade de seu dono.
É a partir do encontro entre a garota e o vizinho, um senhor visivelmente inspirado no próprio Antoine de Saint-Exupéry que lhe conta a tal história do pequeno príncipe, que o longa-metragem enfim ganha corpo. É quando a magia entra em cena, no sentido de um universo lúdico e repleto de criatividade. A história dela e a do pequeno príncipe são narradas em paralelo, cada um apresentando uma técnica de animação diferente: ela, a computadorizada; ele, em stop motion. Só que, a partir de determinado momento, o longa-metragem vai além e ousa ao seguir em frente na história já conhecida, entrecruzando as duas histórias.
Ao trazer para a sua realidade o conceito da morte e de como reagir a ela, a animação opta por lidar apenas com o lado lúdico da situação. O mundo fantasioso, agora aceito pela personagem da menina, toma conta, aliando-se a bela trilha sonora de Hans Zimmere Richard Harvey.
No fim das contas, o filme O Pequeno Príncipe é uma grande obra tanto para quem nada sabe sobre a história como para quem a conhece de cor e salteado, já que aqui é apresentada uma variável do conto clássico. Ao transmitir uma mensagem sobre a importância da imaginação, o longa aborda também a perda da inocência decorrente do inevitável crescimento e mostra a importância de não esquecermos nossa própria essência. Um presente charmoso extra, sem sombra de dúvidas, fica por conta da raposa: uma graça, seja em qual aparência estiver.
Nota do Sagas Amapá:
Citações marcantes:
O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração.
A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Se alguém ama uma flor da qual só exista um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando as contempla. ele pensa "Minha flor está lá, em algum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é, para ele, como se todas as estrelas se repentinamente se apagassem! E isto não tem importância?
Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.
As estrelas são belas por causa de uma flor que não se pode ver...
Concurso cultural:
Em conjunto com a Paris Filmes, oa equipe do SagasAp levou duas leitoras para o cinema nesta quarta-feira 26/08. Os participantes responderam a pergunta "Porque o @sagasap tem que levar você para assistir ao filme O Pequeno Príncipe?". A disputa do concurso foi acirrada, e as ganhadoras foram @iolanda_olvr e @_sanjack! ♥
Estamos ansiosos por mais!
Filme muito bonito, já fui com amigos, familiares, e a namorada. Kkkk já virei fã de carteirinha. E o livro é muito bacana também, li ele três vezes em um dia. Recomendo
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