A história astronômica secreta por trás de Game Of Thrones

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Todos que gostam de Game of Thrones sabem que, em um determinado momento da história, a chegada de um cometa avermelhado provocou um burburinho entre os mais diversos personagens. Conforme o astro rasgava os céus de Westeros e Essos, inspirava mitos e diversas analogias para tentar explicar seu surgimento e propósito. Deu para perceber que, assim como os eventos astronômicos da vida real, as coisas que rolam no espaço também têm uma repercussão enorme no mundo de gelo e fogo criado por George R. R. Martin.
Depois de assistir à primeira temporada da série da HBO, o fã David Beers ficou vidrado e começou a ler e reler avidamente os livros de Martin à procura de detalhes escondidos que pudessem dar mais sentido à história de fantasia épica. E nos últimos quatro meses, ele começou a notar algumas conexões justamente no campo da astronomia.
A teoria bolada por Beers é complexa e cheia de minúcias (confira nos links em inglês no fim da coluna), mas basicamente ela diz o seguinte: cerca de 10 mil anos antes dos eventos descritos nos livros, um enorme cometa passou tão perto do mundo criado por Martin que acabou sendo destroçado pela gravidade em dois grandes pedaços. Um deles atingiu uma das duas luas do planeta, destruindo-a por completo. Os detritos desta colisão cataclísmica foram caindo na superfície e provocaram a chamada Longa Noite, período de trevas que viu surgir os malévolos Caminhantes Brancos, demônios de gelo que quase dominaram o mundo. A outra metade do cometa continuou sua trajetória e continua retornando de tempos em tempos - ela seria o Cometa Vermelho, visto por todos como uma espécie de presságio.
“Toda essa história celestial foi inteligentemente escondida dentro dos mitos e lendas que aparecem nos livros - uma história é sobre uma lua chegando perto demais do sol, rachando, e expelindo dragões para dentro do mundo”, disse Beers ao Discovery News. “Os dragões neste caso são os meteoros flamejantes caindo na atmosfera depois que a lua foi destruída.” Dois pontos da teoria são um pouco questionáveis: é bem improvável que um cometa seja capaz de destruir uma lua. E mesmo supondo que isso acontecesse, as chances de que o outro pedaço retornasse quase para o mesmo ponto são pequenas.
Mas outras partes da história fazem bastante sentido do ponto de vista astronômico. A ideia da Longa Noite como sendo fruto de impactos de grandes meteoritos ou cometas soa muito parecida com o episódio que levou à extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. “Estes impactos maiores podem causar efeitos climáticos devastadores - primeiro aquecendo a atmosfera, causando incêndios florestais generalizados, e lançando poeira, aerossóis e fuligem (dos incêndios) por toda a atmosfera e meio que ‘enegrecendo o céu’, refletindo luz do sol e causando longos períodos (algo como anos) de resfriamento global - análogo ao inverno nuclear / vulcânico”, explica Beers.
E aí, a teoria faz sentido? Se você se interessa por essas hipóteses cabulosas de fãs, estiver com o inglês afiado e com bastante tempo livre, mergulhe fundo nas ideias de Beers nos textos abaixo:

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