Nome: A Lista Negra
Autora: Jennifer Brown
Gênero: Romance
Data: 2012
Editora: Gutenberg
Nota no Skoob: 4,4
Páginas: 272
Sinopse:
O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos.
Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas.
E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama?
Sobre o livro:
Um livro que te prende desde a sinopse, causando emoções contraditórias e marcantes para toda vida. A autora Jennifer Brown em seu romance de estreia relata com excelência o mundo jovem e o que a prática do Bullying pode causar na vida daqueles que praticam e principalmente para quem sofrem com esse mal da sociedade.
Na obra conhecemos Valerie Leftman e Nick Levil, um casal de adolescentes que compartilha o sofrimento dos atos cruéis do bullying (nem tão grave como tantos outros por ai, em parte os dois personagens me pareceram deprimidos) por parte dos colegas do ensino médio e por terem famílias desestruturadas e corroídas por seus próprios problemas.
“- Sabe por que e a gente se dá tão bem, Val? – ele perguntou depois de um tempo. – Porque pensamos exatamente igual. É como se tivéssemos o mesmo cérebro. É legal. Eu me estiquei, passando minha perna ao redor da dele. – Totalmente – disse eu. – Danem-se nossos pais. Danem-se suas brigas estúpidas. Dane-se todo mundo.” (p. 37)
Como meio de desabafo e em parte brincadeira, Valerie inicia sua “Lista Negra”, anotando em um caderno o nome de pessoas e coisas que a incomodava, detestava ou que simplesmente a fazia sofrer. A existência do caderno passa a ser dividido com seu namorado Nick, mas para ele a lista acabou recebendo uma definição diferente. Cansado de mais uma brincadeira cruel sofrida por Valerie, Nick entra no refeitório da escola portando uma arma e em seguida atirando, mas com um detalhe: os alvos eram os nomes citados na Lista Negra.
Quando compreende o que seu namorado está fazendo, Valeria tenta impedi-lo, mas acaba sendo atingida na perna. Ao perceber o que fez, Nick aponta a arma para si mesmo e atira. Após o massacre, Valerie tenta entender o que aconteceu e ao mesmo tempo precisa refazer sua vida. Lidando com a desconfiança e o desprezo de todos, incluindo sua família e amigos. Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio, sofrendo com seus fantasmas e tentando encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas.
A lista foi ideia minha.
Não queria que ninguém morresse.
Não queria ser uma heroína.
Será que, algum dia, você vai me perdoar?
“A escrita de Jennifer Brown é totalmente envolvente e instigante. Leitura obrigatória, profunda e comovente. O livro explora cada sentimento de forma tocante e real. O tema provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Quanto mais prosseguia na leitura, mais sentia a necessidade de saber o seu epílogo.” (Crítica ao livro)
Gostaria de encontrar mais palavras para expor todos os meus sentimentos ao ler esse livro e toda lição de vida transmitida. Em determinados momentos me comovi e sofri por sentir um choque de realidade, pois a dor por diversas vezes parecia tão verdadeira que me assustava. Recomento MUITO o livro!
Nota do Sagas Amapá:
Frases marcantes:
"Ficamos em silêncio por um minuto. Não sei o que o Nick estava pensando. Na hora, achei que o silêncio dele era algum tipo de acordo sem palavras comigo, como se estivéssemos falando ao mesmo tempo por meio de ondas mentais. Mas, hoje, sei que era apenas uma daquelas "inferências" sobre as quais o doutor Hietler sempre falava. As pessoas fazem isso o tempo todo - acham que "sabem" o que está se passando na cabeça de alguém. Isso é impossível. É um erro achar isso. Um erro muito grande. Um erro que, se você não tiver cuidado, pode arruinar sua vida." Pág. 25
"- Um é meu número favorito -sorriu Bea - Em inglês, a palavra "um" tem o mesmo som do passado de "vencer" e podemos todos dizer no final do dia que vencemos de novo, não podemos? Em alguns dias, chegar ao fim do dia é uma grande vitória". Pág. 178, Bea
"Eu sobrevivi, e isso fez a diferença", disse ela então. Na época, eu respondia que ela era louca, mas agora, abraçada a ela no palco durante nossa formatura, nosso projeto completo, entendi o que ela quis dizer e sabia que tinha razão. Aquele dia mudou mesmo as coisas. Nós ficamos amigas não porque quisemos, mas porque, de algum modo, precisamos ficar. E pode me chamar de louca, mas eu sentia quase como tivéssemos de ser amigas." Pág. 264
Que resenha é essa. Parabéns, me deu vontade de até ler o livro
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