[RESENHA] Para sempre Alice, de Lisa Genova

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Nome: Para sempre Alice
Autora: Lisa Genova
Gênero: Drama
Data: 2007
Editora: Nova Fronteira
Nota no Skoob: 4,4
Páginas: 283












Sinopse: Já naquela época, mais de um ano antes, havia na cabeça dela, não muito longe das orelhas, neurônios que vinham sendo estrangulados até a morte, em demasiado silencio para que ela os ouvisse. Alguns diriam que as coisas corriam tão insidiosamente mal que os próprios neurônios desencadearam os acontecimentos que levariam sua própria destruição. Se foi um assassino molecular ou um suicídio celular, eles não puderam alertá-la para o que estava acontecendo antes de morrerem.


Sobre o livro: Assim começa umas das mais lindas e dolorosas historia que já li, mais uma vez, como sempre acontece quando termino de ler um livro inesquecível, me vi com aquela sensação angustiante de garganta engasgada e com aquela vontade de que todo mundo pare e leia este livro. A protagonista Alice Howland é uma mulher na faixa dos 50 anos, professora titular de Psicologia Cognitiva da Universidade de Harvard e extremamente bem sucedida, pouco a pouco vamos conhecendo sua rotina e intimidade. Alice é casada, mãe de três filhos, e acredita ter a vida que sempre sonhou. Até que todo o seu mundo de reconhecimento começa a se desmoronar, pouco a pouco, à medida que suas lembranças vão se esvaindo: ela tem Alzheimer. 


A autora escreve de forma extremamente clara e de fácil compreensão, o que deixa o leitor mais a vontade com o tema e, consequentemente, mais tocado pela história da personagem. De início são pequenas coisas, como "onde deixei as chaves do carro?" e "por que anotei este nome na minha lista de afazeres?". Mas, obviamente, a doença não respeita o tempo. Sendo assim, Alice vai tomando consciência de que seus esquecimentos banais estão se tornando cada vez mais rotineiros. E vão se transformando em esquecimentos completos, de coisas fundamentais, como por exemplo, onde fica a sua casa.


A partir disso, surge o nome: mal de Alzheimer de instalação precoce (que acomete cerca de 10% dos portadores da doença), a doença é caracterizada pela perda progressiva da memória. Porém, com o tempo, tudo acaba se deteriorando. A orientação espaço-visual se acaba, a linguagem torna-se vazia e desprovida de significado, vestir-se se torna cada vez mais complicado, e a dependência total de outra pessoa é fator fundamental. É uma doença cruel.


A história de Alice, que ilustra a de muitas outras pessoas, deve ser contada e, principalmente, lida. Seja para conhecer mais sobre a doença, ou seja, para ler uma história que jamais vai sair da sua cabeça, seja pela crueldade da doença, ou seja, pela força de vontade da personagem de lutar uma batalha perdida. Se você tiver que escolher um livro para ler esse ano: escolha Para sempre Alice.

Nota do Sagas Amapá:


Citações marcantes:

“Sou uma pessoa vivendo no estágio inicial de Alzheimer. E assim sendo, estou aprendendo a arte de perder todos os dias. Perdendo meus modos, perdendo objetos, perdendo sono e acima de tudo, perdendo memórias. Toda a minha vida eu acumulei lembranças. Elas se tornaram meus bens mais preciosos.”
 “Quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade.” 
“Quando eu era bem nova, na segunda série, minha professora falou que borboletas não vivem muito, algo em torno de um mês, e fiquei tão chateada. Fui para casa e contei para a mamãe. E ela disse: ‘É verdade. Mas elas tem uma linda vida’. E isso me faz pensar na vida da minha mãe, na da minha irmã. E, de certa forma, na minha vida.” 
Usamos as fotos do filme, que foi estrelado pela linda Julianne Moore que ganhou o Oscar de melhor atriz por esse filme. Já leu ou assistiu o filme? Comenta aí o que achou. 

Um comentário:

  1. Eu li o livro, não sabia que tinha o filme , nunca tinha procurado. Mais eu adorei, amei a leitura, nossa eu me lembrei de tantas coisas que aconteceram na minha vida , lendo o livro, que sei la rs

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